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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Linhas de Trólebus de São Paulo.

Iniciando outra série de reportagens, o Boletim do Transporte irá mapear e mostrar como estão hoje as antigas linhas de trólebus da cidade de São Paulo que foram convertidas à Diesel ou desativadas no ano de 2003.


Iremos até o ponto final de cada linha, para promover uma comparação e refletir sobre a preferência de meios de transporte poluentes no município e como a rede de trólebus da cidade esta atualmente.


Antes de falar sobre a primeira linha, apresentaremos um pequeno histórico.




Substituindo a antiga linha N°19 de bondes, o sistema foi inaugurado em 1944 com o percurso entre a Praça João Mendes, no centro e o Bairro da Aclimação, com veículos importados dos Estados Unidos e da Inglaterra.

Num período de 10 anos, a partir de 1949, o sistema se desenvolveu e 
a atingiu aproximadamente 60km de extensão. Por isso, a CMTC viu - se obrigada a comprar mais trólebus para a cidade.

Perdurando até 1958, o sistema operou somente com carros importados até que a indústria nacional começasse a produzir carros próprios.

O primeiro modelo nacional, foi adquirido junto à Grassi - Villares, numa quantia de 10 carros. Tendo em vista seu alto valor de compra, no ano de 1963 a CMTC começou a produzir seus próprios carros, atingindo 233 
trólebus operacionais


Seis anos depois desse suspiro, o sistema Trólebus teve seu ápice de primeira geração, atingindo 233 trólebus operacionais e aproximadamente

Na década de 70, a CMTC chegou a converter um carro Diesel à elétrico e comprou novamente carros usados, dessa vez nacionais que operavam em Fortaleza.
Com carrocerias Ciferal e Marcopolo, chassi Scania e equpamentos eletro - eletrônicos da Tectronic, surgiam mais 290 novos carros na década de 80, durante a revitalização do sistema.

Com carrocerias Ciferal e Marcopolo, chassi Scania e equpamentos eletro - eletrônicos da Tectronic, surgiam mais 290 novos carros e a inauguração de mais sete novas linhas, somando - se ao sistema e atingindo aproximadamente 274km de rede na cidade.



As coisas não param por aí, ainda na década de 80, foi construído um corredor entre o centro e o bairro de Santo Amaro, tornando - se necessária a compra de mais 78 carros monoblocos da Mafersa e com equipamentos eletro - eletrônicos Villares, além de outros dois protótipos de Trólebus articulado. Eles, Caio Amélia e Marcopolo Torino San Remo.


De acordo com a nova organização do transporte no município, três empresas passaram a cuidar dos trólebus. Eletrobus, Transbraçal e Imperial. Localizadas na Zona Leste, Centro e Sul, respectivamente.

Durante a gestão da então prefeita Marta Suplicy, o sistema que abrangia as zonas Norte, Sul, Leste e Oeste da cidade, começou a ser desativado sem uma explicação satisfatória, implicando no abandono de mais de 100 carros em condições de uso em pátios municipais, caracterizando um desperdício de dinheiro público.

Hoje, restou apenas uma garagem de trólebus na cidade, a do Tatuapé. Que centraliza todas as linhas operacionais de São Paulo, que abrangem agora somente as zonas leste e centro de São Paulo e é aí, onde o BDTrans entrará com essa série, mostrando como o sistema " pós - trólebus " estão, após a conversão ou desativação de linhas.





Em breve, voltamos com a continuidade das duas séries, Sistema em sobrecarga e sobre as linhas de trólebus. Até lá!!






Imagens de: Celuloide Secreto, Portal Interbuss e Revista Portal do ônibus, respectivamente.

Um comentário:

  1. Parabéns pela reportagem, confesso que não conhecia a historia!!!
    Siga em frente e como afirmou Mestre Yoda – Guerra nas Estrelas.
    “Faça ou não faça – a tentativa não existe”
    Não basta tentar, o mundo está cheio de boas intensões, você tem que realizar!
    GFL

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